terça-feira, 27 de outubro de 2009

E Os Nomeados São...


Estes são os nomeados para o First Annual Art Awards anunciados pelo artista Rob  Pruit , cujos vencedores serão conhecidos esta madrugada em Nova Iorque, no GUGGENHEIM: (Clicar AQUI)

Um Dalí "Quase" Inédito



A Fundação Gala-Dalí deu ontem a conhecer a  sua última aquisição.
Trata-se de uma obra a óleo do artista surrealista, datada da primeira época do pintor que tem, como principal característica o facto de ser pintada dos dois lados do mesmo suporte.
O quadro foi adquirido a uma colecção particular e, desde 1925, apenas foi mostrado a público em 2004, por ocasião da exposição antológica da obra de Dali, então realizada.
Trata-se de pinturas feitas sobre o mesmo suporte, um cartão pintado dos dois lados com 74,5x53 centímetros.
De um dos lados uma cena lúdica de grande lirismo, intitulado “Figuras de espalda y Ninfas y Señoritas en la fuente de un jardín”, que se enquadra no tipo de obras de temática festiva que Dalí pintou até 1921; do outro um retrato de Ana María, a irmã do pintor, que terá servido de estudo para o seu quadro “Muchacha de espaldas” (Rapariga de Costas), exposto no Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofia, em Madrid.
Esta pintura terá sido feita durante um dos períodos de férias de Ana María , ocasião em que costumava posar para o irmão.
As semelhanças com a obra exposta naquele Museu madrileno, como o facto da figura usar a mesma roupa, o mesmo tipo de cabelo e a mesma posição, levam os especialistas a considerar esta segunda pintura como uma esboço daquela.
A Fundación Dalí tem levado a cabo, desde 1991, um intenso trabalho de aquisição de obras do pintor, possuindo já um total de mais de trezentas obras.
O duplo quadro pode ser visto a partir de Novembro na “Sala de las Pescaderías” do Museu Dalí de Figueras, terra catalã onde o pintor nasceu em 1904.

(adaptação livre do texto on-line publicado pelo EL País, dia 26 de Outubro de 2009. Fotografias da agência EFE)


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

ART DÉCO - Exposição em Lisboa


Inaugurada há uma semana, pode ser visitada na Fundação Gulbenkian, em Lisboa, até ao próximo dia 1 de Janeiro, uma exposição evocativa da “Art Déco”.

O tema unificador desta exposição é a referência à Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industrias Modernas de Paris de 1925, que esteve patente ao público durante sete meses.
Os objectivos dessa exposição e as propostas que nela apareceram, vieram a marcar as artes decorativas na Europa até à Segunda Guerra Mundial, e tiveram também uma forte influência na arquitectura desse tempo.
Esses objectivos foram definidos pela Comissão Organizadora desse evento marcante dos anos 20, onde se defendia a ruptura com a tradição, defendendo a “Arte Moderna” e um novo “Renascimento” nas artes decorativas.

Nos diversos pavilhões dessa exposição coabitavam o modernismo com um certo “neoclassicismo exuberante”, nos objectos aí apresentados (mobiliário, objectos de decoração, pinturas e esculturas).
Muitos dos objectos agora revelados na exposição da Gulbenkian estiveram ou foram influenciados por essa exposição.
Não se tendo feito representar oficialmente nesse evento, Portugal esteve contudo representado por um artista português, a viver em França, o escultor Canto da Maya, que apresentou várias obras da sua autoria no Pavilhão Francês. Duas das suas obras estão agora presentes na exposição da Gulbenkian, entre as quais uma em terracota, intitulada “Eva” ou “Femme au Serpent”.
A exposição da Gulbenkian, comissariada por Chantal Bizot e Dany Sautot, reúne outras obras dos “melhores artistas e das mais destacadas manufacturas e ateliês seleccionados para a Exposição de 1925. Muitas das obras aí patentes integram a mostra que agora se apresenta, como por exemplo o grupo escultórico de Janniot, A Primavera, concebido expressamente para o Pavilhão Ruhlmann (Hôtel d’un riche Collectionneur), adquirido por Calouste Gulbenkian em 1939”.
Estão igualmente “presentes peças de mobiliário de Ruhlmann, Leleu, Groult e Dunand, ourivesaria Christofle, jóias de Van Cleef & Arpels, Cartier, Chaumet e Boucheron, cerâmicas de Jourdain e Braquemond, porcelanas de Rapin, pinturas de Le Corbusier, Léger e Laurencin, esculturas de Janniot e Joseph Bernard, vidros Baccarat e de Lalique, têxteis de Dufrêne e Miklos, e ainda livros ilustrados e encadernados (Schmied, Dunand e Legrain), provenientes de colecções públicas e privadas estrangeiras, maioritariamente francesas, e também nacionais, incluindo a Colecção Calouste Gulbenkian” (do programa oficial da Gulbenkian).
Par esta exposição a Gulbenkian editou um catálogo que reproduz todas as 150 peças presentes, acompanhada de textos que as contextualizam.
A Art Déco deve a sua designação à abreviatura do termo francês “Arts Décoratifs”, designando um movimento do designa dos anos 20 e 30, mas com reflexos na arquitectura, no design, nas artes visuais, na moda, na pintura e até no cinema.

Até certo ponto, a Art Déco fazia a síntese dos vários modernismos do início do século XX e distinguiu-se, na arquitectura, da Arte Nova, pela sua maior simplicidade de estilo.





ART DÉCO - 1925
FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN, LISBOA16/10/2009 - 03/01/2010
10h00 - 18h00
Terça a Domingo
Galeria de Exposições Temporárias da Sede

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

No Cinquentenário do Guggenheim de Nova Iorque



Comemora-se hoje o cinquentenário da inauguração do Museu Guggenheim de Nova Iorque.

O edifício é da autoria de Frank Lloyd Wright, tendo sido uma das suas últimas obras, já que faleceu nesse ano de 1959.
A arquitectura do museu é um exemplo do “organicismo” arquitectónico que marcou a obra desse famoso arquitecto.
A ideia era transformar o objecto de arquitectura numa espécie de organismo vivo. O museu faz lembrar uma casca de caracol, sendo organizado à volta da sua escadaria em espiral contínua.


O museu alberga uma vasta colecção de artistas vanguardistas, como Picasso, Miró, Giacometti, De Chirico ou Rothko.
Um dos momentos de destaque das comemorações do seu centenário é a apresentação de uma mostra, inaugurada a semana passada, com cem obras de Vasily Kandisky, que pode ser vista até ao próximo dia 13 de Janeiro.
Nascido em Moscovo em 1886, e tendo falecido em Paris em 1944, Kandinsky, que ensinou na escola Bauhaus, onde colaborou com Paul Klee, foi o mais destacado pintor abstraccionista do século passado.
O Guggenheim é uma das três instituições do mundo que guarda uma parte considerável da obra de Kandinsky. A exposição agora apresentada inclui uma vasta colecção, de origem pública e privada, de desenhos e fotografias da autoria desse artista, feitas entre 1902 e 1942.
Um outro momento alto das comemorações do cinquentenário do Guggenheim é a exibição de vários objectos do museu nas janelas do Empire State Building de Nova Iorque, durante este mês de Outubro.
Mas um dos momentos altos das celebrações vai ser a inauguração do “Rob Pruitt's The First Annual Art Awards”, no próximo dia 27, que vai premiar os melhores trabalhos, projectos e exposições de arte contemporânea realizadas no último ano.
Pretende-se que esse prémio tenha um prestígio idêntico aos que são atribuídos por Hollywood no cinema.
Naquela data da próxima semana serão entregues prémios em 11 categorias, anunciados durante um jantar no Guggenheim, entre os quais o de Melhor Artista, Melhor curador e melhor exposição fora dos Estados Unidos.
O Jornal "The New York Times" criou um sítio comemorativo do evento que pode ser visitado AQUI .











Arte religiosa do século XVII espanhol na National Gallery

A National Gallery, em Londres, inaugura hoje uma exposição dedicada à arte religiosa espanhola do século XVII, que estará patente ao público até ao próximo dia 24 de Janeiro.

Patrocinada pelo Ministério espanhol da Cultura, esta exposição dedica uma especial atenção à escultura policromada de artistas como Martínes Montañez, Alonso Cano, Gregorio Fernández ou Pedro de Mena.
A exposição visa colmatar a falta de reconhecimento, por parte da cultura protestante do mundo anglo-saxónico, em relação a este tipo de arte, já que na religião protestante as imagens são vistas com suspeita e desdém, por negarem a veneração de imagens.
As obras agora expostas mostram como na Espanha da Contra-reforma conheceu uma grande dinâmica na criação, na pintura e na escultura, de temas sacros, por encomendas de dominicanos, cartuxos, franciscanos e jesuítas, os mais importantes mecenas espanhóis da época.
Xavier Bray, comissário desta exposição, assinala que, se nessa época, em Itália, Caravaggio desenvolvia um modelo de pintura de efeitos dramáticos, usando como modelos gente do povo que pousava para o pintos representando cenas Bíblicas, em Espanha desenvolveu-se outro tipo de realismo pictórico que influenciou a escultura policromada.
Os escultores espanhóis do século XVII procuravam obter um nível extraordinário de realismo, contrastando como cânone idealizados pelos seus antecessores, como Alonso Berruguete ou Gaspar Becerra.
Para conseguirem esse realismo extremo nas figuras que esculpiram, usavam vidros para os olhos e as lágrimas, marfim para os dentes e cortiça tingida de roxo para simular o sangue coagulado de Cristo.
É de referir também que a arte da policromia fazia parte da aprendizagem dos pintores da época, e que, até certa altura, por imposição corporativa, os escultores estavam proibidos de pintar as suas próprias esculturas, tarefa que era deixada aos pintores.
Essa situação explica a colaboração estreita, nessa época, entre pintores e escultores.
Mesmo Alonso Cano, que era simultaneamente pintor e escultor, que executou o policromado das suas esculturas até ao final da sua carreira, teve de contratar, em determinados momentos, pintores, para não entrar em conflito com a sua corporação. Ao mesmo tempo ensinou os seus discípulos, entre os quais se destacaram Pedro de Mena e José de Mora, a pintarem as suas próprias esculturas.
Acredita-se que o grande pintor Velázquez recebeu formação no policromado de esculturas, reflectindo as suas pinturas mais famosas, com o “Cristo na Cruz” que está no Prado, essa aprendizagem.
A exposição reúne esculturas e pinturas dessa época, emprestadas por museus e igrejas de Espanha, muitas delas saindo do país pela primeira vez.

(tradução livre e adaptada do artigo publicado sobre o assuntono El País-online de 16 de Outubro)



Cristo Morto, escultura de Gregorio Fernandez e pintor desconhecido (foto:AFP).


Maria Madalena meditando sobre a cruxificação, escultura de Pedro Mena (foto: EFE)



 São Francisco d Assis em êxtase, escultura de Pedro Mena (foto: EFE).



Imaculada Concepção, imagem atribuída a Juan Martinez Mantañés (foto:EFE).



São Serapio, óleo sobre tela, da autoria de Francisco Zurbarán (foto AFP).

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O Regresso de Nefertiti


Por ocasião da inauguração do renovado Neues Museum, de Berlim, que teve lugar na passada 6ª feira, com a presença da chanceler alemã Angela Merkel, era aguardada com especial expectativa a exibição do célebre busto, com mais de 3500 anos, da rainha Nefertiti, a rainha do Nilo, esposa de Akenatón, cujo sarcófago está no mesmo museu.

Descoberta por arqueólogos alemães em 1912,no vale de Amarna, foi uma das peças mais valiosas do Neus Museum, destruído durante a Segunda Guerra, agora recuperado.

Quando se exilou na Holanda, o Kaiser levou consigo, em 1918, uma réplica daquele busto, tal a admiração que ele lhe causava.

Próximo do fim, Hitler ordenou que o busto de Nefertiti fosse escondido numa mina da Turíngia. O busto foi resgatado pelas tropas norte-americanas, e, durante décadas, foi exibido no Museu Egípcio do bairro de Charlottenburg, na zona ocidental. Com a reunificação essa peça foi exibida em vários espaços e museu.

Restaurado, o busto da rainha regressa ao primeiro museu onde foi exibida, num lugar nobre no Museu berlinense, na cúpula norte do edifício, que sobreviveu aos bombardeamentos aliados.



O Museu possui uma colecção de 35 mil objectos e 60 mil papiros do Antigo Egipto.

A reconstrução do edifício ficou a cargo do arquitecto inglês David Chipperfield , que decidiu manter, nalguns lugares do Museu, a memória dos bombardeamentos, como ruínas do edifício e vestígios de balas .

(Fonte: El País-online, 16 de Outubro de 2009, Fotografias: Reuters e EFE)






domingo, 18 de outubro de 2009

Colecção do Museu THYSSEN BORNEMISZA


Visitem AQUI as obras mais importantes expostas no Museu Thyssen Bornemisza. Uma visita "guiada" pelo El País

A Forma e A Luz


Este blogue nasce da necessidade de divulgar, junto dos alunos de História da Arte, informações relacionadas com essa disciplina.
Aqui iremos divulgar actividades ligadas ao mundo das artes, nas suas mais variadas vertentes, nomeadamente na área da arquitectura, escultura, pintura, mas também na fotografia, no design, na azulejaria e na cerâmica...
Vamos procurar criar uma base de dados com biografia de autores, lugares com interesse artístico, museus, exposições, objectos de arte e outras informações com interesse para esta área.
Par além de servir de guia para pesquisas mais aprofundadas, esperemos contribuir igualmente para que todos, alunos ou simples curiosos, encontrem neste blog um ponto de referência.
Este é um blogue ainda em construção, pelo que vai levar algum tempo até conseguirmos reunir uma base mínima de informação e divulgação.