quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

No Dia em que Completa 103 anos´, o Arquitecto Oscar Niemeyer inaugura um museu que lhe é dedicado.

(Foto de Domingos Peixoto - O Globo)

Prefeitura de Niterói inaugura nesta quarta-feira prédio de fundação que exibirá o acervo de ... - O Globo Online (clicar para ler notícia).

Oscar Niemeyer, o mais famoso arquitecto vivo, comemora hoje o seu 103º aniversário com a inauguração do museu que vai recolher todo o seu acervo documental.
O Edifício é da autoria do próprio centenário.
Há um ano públicávamos AQUI um texto sobre esse grande arquitecto, com ligação a um completo dossier sobre a sua obra.

Pupilas da Mona Lisa podem dizer quem ela era

Pupilas da Mona Lisa podem dizer quem ela era - Ciência - DN (clicar na frase para ler a notícia completa)

O "mistério" de Mona Lisa continua, com novo "episódio".

domingo, 5 de dezembro de 2010

Um 'site' para revisitar a descoberta de Tutankhamon


Um 'site' para revisitar a descoberta de Tutankhamon - Artes - DN (clicar na frase para aceder á notícia e ao site referido)

Trata-se do acesso via internet a todo o trabalho do arqueólogo Howard Carter que em 1922 descobriu o famoso túmulo de Tutankhamon.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

TEXTURAS - exposição de Olga Neves na SNBL


É hoje inaugurada, pelas 18 horas, na Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa, a exposição "TEXTURAS", da autoria de Olga Neves.
Olga Neves é uma das mais promissoras artistas plásticas da nova geração, usando técnicas quase artesanais e inovadoras para produzir as suas obras.
A sua presença num dos espaços mais emblemáticos da arte portuguesa, resulta de um trabalho persistente da artista torriense, a merecer a atenção que lhe é devida por parte do meio artístico português.

domingo, 28 de novembro de 2010

ARTE URBANA na Galeria Vera Cortês em Lisboa, até 15 de Janeiro

“A arte urbana de peito aberto numa galeria

In Ípsilon, Público, 26.11.2010 - José Marmeleira

“Dada a encontros fortuitos ou clandestinos, a arte urbana mostra-se até 15 de Janeiro na galeria Vera Cortês, em Lisboa. Com graffitis, stencils, pinturas nas paredes, telas e esculturas de artistas nacionais, "Underdogs". A arte feita na rua já tem uma história.

"Para ver a melhor arte urbana portuguesa há, normalmente, duas formas. Ou se está dentro do meio e, com essa vantagem, facilmente se chega aos lugares onde as obras repousam (ruas, edifícios, cidades). Ou, sem mapa, deixa-se ao acaso e o ao tempo a tarefa de ditar os encontros. Enfim, confia-se na generosidade do quotidiano. Ora, a partir de amanhã, e até Janeiro, existe outra forma, mais simples e imediata: "Underdogs", na Galeria Vera Cortês, em Lisboa, com trabalhos de ±, Adres, Kusca, Mar, Obey, Ram, Smart Bastard, Sphiza, Tosco e Vhils (também conhecido como Alexandre Farto).

"Não se trata da apresentação de um grupo de artistas ou de uma mera exposição. Antes, do primeiro momento de um projecto com um objectivo específico: criar uma plataforma, no espaço da arte contemporânea, para as novas linguagens da arte urbana. Falamos do graffiti, do stencil e (não sabiam?) da fotografia, da escultura e até do vídeo. E Vera Cortês e Vhils, os criadores de "Underdogs", adiantam outras iniciativas: uma selecção de múltiplos do estúdio londrino Picture On Walls, e um livro, com lançamento antes do fim da mostra, do jornalista e autor Miguel Moore sobre a história destas artes nas ruas portuguesas. "Começa pelos murais políticos do pós-25 de Abril, passa pelo graffiti influenciado pelo hip-hop e chega até à street-art actual e serve para contextualizar o aparecimento dos artistas desta exposição", revela Vhils. "Eles têm pontos de ligação. Não através do tag ou do graffiti, mas de uma cultura visual comum dominada pela publicidade, a televisão ou a Internet".

"A ironia do nome "Underdogs" evoca, sem desgostos, velhas e ressuscitadas fronteiras: "A arte urbana sempre foi marginalizada pelas instituições, vista como uma forma menor de arte, distante das galerias. E [o nome] assume isso. Ao mesmo tempo remete para trabalhos que se fazem há quase 15 ou 20 anos, com investimento próprio dos artistas, sem apoios exteriores". Vera Cortês contrapõe com uma opinião menos dramática: "Não houve durante esse período uma aproximação desses artistas às galerias. Há 15 anos o mercado era muito diferente".

Comunicação e activismo

"Com efeito, as parangonas que algumas publicações têm dedicado a Bansky, a estrela britânica da arte urbana (vende em leilões e foi objecto do documentário "Exit through the gift shop", com estreia prevista em Portugal), parecem assinalar o regresso de uma relação pouco animada desde os graffitis de Jean-Michel Basquiat ou Keith Haring, embora não esgotada (se pensarmos no campo da arte contemporânea portuguesa, sobressaem as intervenções de Rigo 23 em espaços públicos). "Underdogs", no entanto, sugere outras filiações - as das subculturas musicais, da street culture, da BD undergound, da arte de protesto - e tem como elemento central um conceito pouco caro à arte contemporânea: a comunicação. "Os artistas que estão aqui usam a rua como suporte. Intervêm num espaço onde passam milhares de pessoas todos os dias, que tem um público gigante. E isso nota-se nas peças. Algumas têm conceitos mais elaborados, a maioria procura comunicar, tem uma mensagem". Ilustram essa urgência os jogos de linguagem dos stencils de ± ("Perda Filosofal"), as figuras poéticas de Adres, ou a recuperação de ícones da cultura portuguesa por parte de Kusca (Camões, Beatriz Costa, Fernando Pessoa).

"Outro traço da arte urbana é o envolvimento com as comunidades, a vontade de intervir nos contextos sociais. Vhils quer dar um exemplo e abre as páginas de um catálogo para mostrar o que J.R., artista francês, fez às fachadas de um favela na Libéria: "Pintou-as com os rostos e os olhos dos seus habitantes. Mostrou para o exterior quem são as pessoas que aqui vivem. E criou actividades de intervenção social dirigidas aos habitantes. Nesse aspecto, a arte urbana aproxima-se do activismo. E não me incomoda essa proximidade". O próprio já a experimentou quando integrou um projecto de graffiti no bairro da Arrentela: "Era um dos mais problemáticos da Margem Sul. Reuni-me com o [rapper] Chullage e desenvolvemos um projecto de reinserção para tirar os miúdos da rua. Depois fiz o mesmo na Amadora e no bairro de Alagoas, na Régua, com o Ram e o Mar, onde pintámos o bairro todo. Ainda hoje está como o deixámos, fizemos do graffiti uma forma das pessoas comunicarem com o exterior. E julgo que dei às pessoas um pouco do que ganho e invisto como artista". Mas não deve ser menosprezado um factor, sublinha Vera Cortês: "É obrigatório para este tipo de trabalho o envolvimento da população. Projectos mais alargados implicam uma colaboração entre os artistas e as comunidades".

"Devemos falar de arte pública? Vhils, desconfortável com categorias ou classificações, aceita o termo sem se rever na sua interpretação "oficial": "As instituições que encomendam peças de arte pública têm uma relação mais forte com as instituições de arte contemporânea e por isso não as encomendam a quem faz 'graffiti' ou 'stencil'. Se calhar é uma questão geracional. Porque já há um público que nos acompanha e compreende o trabalho que fazemos". A galerista concorda e complementa: "Há coleccionadores nacionais e internacionais que só compram obras deste tipo de artistas. Outros passaram a comprar".

Na parede e sobre tela

"Vera Cortês e Vhils começaram a trabalhar juntos em 2005. "O Alexandre tinha 17 anos, ainda estudava no ensino secundário. Fez uma intervenção na parede durante uma exposição da Gabriela Albergaria e decidi desenvolver o currículo que ele já tinha na rua". Feita a apresentação pública da obra, seguiram-se estudos na Saint Martins School, em Londres, outras exposições (em Portugal e na capital inglesa) e a presença em feiras de arte. Até "Underdogs" que afinal, dá também o título à reunião dos dez nomes. "Foi um desafio que ele me lançou. Estava cada vez mais envolvido no meio da arte urbana e todos os dias falava-me de novos criadores".

"O projecto tem uma dimensão didáctica (basta lembrar a edição do livro de Miguel Moore) e o encontro com os trabalhos, por vezes subvertendo as nossas expectativas sobre os suportes e processos utilizados, surpreende e intriga. Vhils mostra as suas figuras, esculpidas nas paredes ou "escavadas" a partir de camadas de cartazes embebidos em resina. Vemo-las nas fotografias de intervenções em Torres Vedras e Moscovo e "in loco" numa das salas. Também especificamente para o espaço da Vera Cortês, são esperados graffitis de Obey (1974) e Tosco (1981).

"O primeiro pertence à velha guarda da arte urbana e contribuiu para a expansão da linha ilegal do graffiti clássico. As suas imagens são, por isso, reminiscentes da cultura popular do século XX: o hip hop, os murais de Los Angeles, o graffiti como fundo dos corpos imortalizados pela fotografia da música popular.

"Já Tosco segue uma linhagem devedora do comix underground dos anos 70, da animação e da cultura trash: imaginem Walt Disney, S. Clay Wilson e Savage Pencil numa furiosa pintura colectiva.

"A figuração expressiva e expressionista (outro motivo que explica o pudor da arte contemporânea face à arte urbana?) também pontua as propostas de Sphiza, Mar e Ram, mas nenhum vai pintar paredes. Todos trazem obras em suportes que normalmente não associaríamos à rua. Sphiza (1988), única mulher, expõe duas telas com figuras humanas e retratos, e Mar (1974), membro do colectivo VSP, conhecido pelas suas pinturas gordas e coloridas, optou por uma instalação e uma escultura feita com lixo. As telas são igualmente as superfícies das imagens abstractas, próxima de uma "action-painting" feita sob o céu azul, de Ram (1976), que tem desenvolvido esculturas a partir de elementos naturais.

"Com tácticas irónicas ou políticas, apresentam-se, Adres, Kusca e ±. Expõem peças onde é notório um maior pendor conceptual e crítico. Particularmente activo na cidade do Porto, ± aposta na simplicidade, na herança do agit-prop, alterando o sentido de frases e palavras do património cultural ou do discurso do quotidiano. A violência, o riso, a ênfase na mensagem directa atravessam os seus stencils ("Perda Filosofal" ou "To Buy or Not To Be", "Uma Casa Portuguesa Sem Certeza) ou despertam numa metralhadora que ameaça pintar paredes.

"Kusca transforma figuras da cultura tradicional e literária portuguesa em personagens inquietantes: numa impressão emoldurada Camões pisca-nos o olho, num pequeno monitor corre um filme com uma Beatriz Costa psicadélica. Quanto a Adres (1981), vai instalar uma porta onde marcará um dos seus poéticos stencils (visíveis nas ruas de Lisboa e arredores), que aproveitam a as falhas ou os desenhos nas paredes para interpelar quem passa.

"E este epílogo de "Underdogs" chega com as fotografia de artistas em plena actividade clandestina, algures em Portugal ou noutro país europeu, prontos a assaltar visualmente um comboio. São imagens assinadas por Smart Bastard (1987), autodidacta que há anos documenta a pintura ilegal de comboios e metros, viajando com passes falsificados do Interail. Como os outros "underdogs", a sua assinatura é o seu nome. A cidade o seu atelier. E só isso que precisamos”.

(Vhils é o autor do “rosto” que ainda pode ser visto numa parede do estacionamento junto à Igreja de Santiago, em Torres Vedras):




domingo, 21 de novembro de 2010

JARDINS IMPRESSIONISTAS

Está a decorrer no Museu Thyssen-Bornemisza de Madrid uma exposição dedicada a uma das temáticas preferidas dos impressionistas, a natureza.

Reunindo mais de 130 de obras dos mais conhecidos mentores do impressionismo, a exposição inclui igualmente alguns dos predecessores do movimento , que os influenciaram, como Saint-Jean, Delacroix, Corot, Millet e Bazille.

A exposição pode ser visitada até ao dia 13 de Fevereiro do próximo ano.

"O Grande Jardim" de Bonnard

Jarra de Flores de Delacroix (antecessor que influenciou o impressionismo)


"Roseiral" de Frederick Carl Frieseke


Parttida de criquete de Édouard Manet

Paul Cézanne

Mulher e criança no jardim de B. Morisot


O jardim junto da casa do pintos, de Pissarro


O Alcazar de Sevilha, de J. Sorolla


Jardins do Luxemburgo (Paris) de J. S. Sargeny

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Jean-Léon Gérôme - A História como Espectáculo


O Museu d’Orsay, em Paris, abriu recentemente ao público, no passado dia 19 de Outubro, a maior exposição retrospectiva da obra do pintor e escultor Jean-Léon Gérôme, intitulada “L´Histoire en Spectacle”, e que vai poder ser visitada até 23 de Janeiro do próximo ano.

Jean-Léon Gérôme (1824-1904) é considerado um dos grandes criadores da imagem do século XIX.

Foi famoso no seu tempo e as suas obras eram reproduzidas graficamente pelas publicações da época, mas cairia no esquecimento na voragem vanguardista da primeira metade do século XX.

Para o seu esquecimento muito contribui a base académica da sua obra, muito criticada pelos movimentos realista e impressionista do seu tempo.

Contudo, olhando prospectivamente para a sua obra, nela se cruzam, não só o seu academismo e classicismo de base, na composição e nos temas, mas também os contributos da temática historicista do romantismo, da limpidez do realismo e do tratamento da luz dos impressionistas.

Ao não alinhar com nenhuma das correntes da moda, seguindo o seu próprio caminho independente, sem concessões e fazendo com eficiência aquilo que gostava, acabaria por pagar com o esquecimento essa “afronta”.

A reconstrução pictórica de cenas históricas, desde a antiguidade até à época em que viveu, foi um dos principais temas por si explorados.

Gérôme iniciou a sua carreira na década de 40 do século XIX, admirador do neo-classicismo de Ingres, tendo aderido em 1847 ao grupo, de curta duração, intitulado de “neo-gregos”, que reunia jovens artistas apaixonados por desenvolverem uma nova visão da Grécia Antiga. O grupo afirmou-se no Salão desse ano.

Do contacto com esse grupo ficou-lhe a admiração pela antiguidade clássica que esteve na origem das suas obras mais famosas, “A Morte de César”, de 1859, e “Os Gladiadores” de 1878.

Data dessa altura a sua ligação com o mais famoso “marchand” de arte do seu tempo, Adolphe Goupil, acabando por casar com a filha deste, Marie.

Da sua relação com Goupil, editor de revistas, resultou a sua ligação à revolução tipográfica desse tempo, que lhe permitiu reproduzir graficamente as suas obras e massificar assim a sua divulgação.

Mas a sua aprendizagem em reproduzir gravuras a partir de fotografias de originais ficou também a dever-se ao seu mestre, Delaroche, um dos mais reputados gráficos da sua época.

Através desses contactos e ensinamentos Gérôme conseguiu divulgar a sua obra, que se tornou mundialmente conhecida através das gravuras assim editadas.

A partir de 1855 realizou várias viagens pelo mediterrâneo oriental, tendo usado a fotografia como recurso, para, à boa maneira clássica, registar cenas e paisagens que depois reproduzia no seu atelier.

O exotismo oriental foi, aliás, outro dos temas por si explorado.

A partir de 1890 abandonou a pintura e dedicou-se exclusivamente à escultura, onde explorou uma das temáticas mais características da sua obra, o erotismo.

A exposição agora apresentada do Museu d’ Orsay é a primeira monográfica dedicada àquele autor, reunindo quase todos os seus desenhos, pinturas e esculturas.

(auto-retrato)

(A MORTE DE CÉSAR - 1859)

(Estudo para "A Morte de César" . detalhe)

(Interior Grego ou Gineceu - 1850)

("Pollice Verso" - 1872)

(A consumação da crucificação - 1867)

(Bonaparte perante a Esfinge - entre 1863 e 1886?)

(Markos Botsaria, herói romantico da Independencia Grega - 1874).

(A execução do General Ney - 1868).

(Diógenes)

(recepção ao príncipe conde em Versailhes por Luis XIV)

(No Final da Sessão)

(pintor de esculturas na Antiguidade)

(Duelo à saida do baile de Máscaras - 1857)

OUTRAS OBRAS DE GÉRÔME:

Harem

Mercado de cavalos do Cairo

Vestígios do Antigo Egipto.



Cristão na arena romana

Saindo da mesquita

Leão no penhasco

Napoleão no Egipto

Noite no Deserto

Nu feminino

Rezando na Mesquita

Mercado de Peles no Cairo

Tocador de pífaro nas ruas de Londres

Entrada do Touro na Praça

Retrato de uma rapariga.

Retrato de cavalo

Venda de escravos

Muro das lamentações em Jerusalem

Primavera

Estudo para um cão

Final de um dia de Verão.

Coroação de Augusto

O Poeta Negro

O Picador

Duas Majestades

A Virgem com Jesus e S. João

A mesquita do Cairo.

Vista do Cairo.

Sem Título

Inverno

Vista de Paestum

Jovem árabe

OBRAS DE ESCULTURA:

O Artista e o modelo . Neste quadro é possível observar um Gérôme envelhecido no seu atelier de escultura.

Nu desenvencilhando-se

TANAGRA

Sarah Bernhardt

O Gladiador