sexta-feira, 30 de setembro de 2011

UM NOVO MUSEU D'ORSAY


Vai reabrir ao público, em Outubro, um renovado Museu D'Orsay:


As fotografias que aqui revelamos já fazem parte da história daquele importante Museu de Paris, construido no espaço de uma antiga estação de comboios, que se destaca pela qualidade e quantidade de obras marcantes para a história do Impressionismo e do pós-impressionismo,embora o seu espólio não se resuma àquelas fases da pintura europeia, nem apenas à pintura. (Existe igualmente uma importante colecção de escultura e fotografia): 




















quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Um Adeus a Julio Resende:


Aqui transcrevemos alguns depoimentos sobre Julio Resende, um dos grandes nomes da arte contemporânea portuguesa que ontem faleceu , recolhidos pela Lusa e transcritos na página on-line do Público:

“ Júlio Resende, um dos grandes nomes da pintura portuguesa de século XX, morreu na quarta-feira. O funeral do autor da "Ribeira Negra" realiza-se hoje às 16h45. O mundo das artes lamenta a morte de um dos seus expoentes máximos.
“Artur Santos Silva, fundador do Grupo BPI:
"Júlio Resende é uma personalidade de primeira grandeza na Pintura Portuguesa do nosso tempo. Foi, também, um notável docente e dirigente da Escola Superior de Belas Artes, tendo marcado profundamente todos quantos ensinou - pelo seu excepcional talento e, em especial, pela sua dimensão humana que respirava simplicidade, afectividade e bonomia.
“Homem de causas públicas foi sempre um cidadão exemplar. Generosamente, soube criar uma Fundação a que afectou significativa parte do seu património para, através das Artes Plásticas, educar a nossa sensibilidade, em especial, a das gerações mais novas. Participo desde a criação nos Orgãos Sociais da sua Fundação e todos fomos sempre contagiados pelo seu entusiasmo e, até, paixão que lhe dedicava, fazendo de "O Lugar do Desenho" um espaço ímpar da nossa Cidade.
“Em criança tive os meus primeiros contactos deliciando-me com as suas inesquecíveis bandas desenhadas "Matulinho e Matulão" publicadas no "Primeiro de Janeiro" e que tanto nos entusiasmavam, dos mais novos aos mais velhos, pelas impressivas imagens e tão saudável humor.
“No principio dos anos 80 conhecio-o pessoalmente, nascendo, então, uma crescente amizade de que tanto beneficiei.
“A sua elevada sensibilidade reflectia-se, também, na forma superior como escrevia e que tanto nos enriquecia, quer pela palavra, quer pelos valores e afectos que nos transmitia. Guardo religiosamente todos os cartões que me escreveu, muitos deles acompanhados de belas pequenas aguarelas ou serigrafias, sempre ajustadas ao tempo e ao momento.
“Temos de saber honrar Júlio Resende, contribuindo para que "O Lugar do Desenho" continue, com reforçado empenho de todos nós, a divulgar as Artes e valorizar a nossa sensibilidade."
"Passos Coelho, primeiro-ministro:
"Além de uma vasta obra pictórica, ímpar e multifacetada, Júlio Resende deixou uma marca indelével em sucessivas gerações de alunos da Escola Superior de Belas-Artes do Porto. O Primeiro-Ministro lamenta a perda para a Cultura portuguesa e dirige sentidas condolências à família enlutada."
"Júlio de Oliveira Gago, presidente da Círculo de cultura Teatral. Teatro Experimental do Porto;
"Será sempre uma das memórias maiores do Teatro Experimental do Porto. E do património cultural do povo português e da Humanidade. Para Júlio Resende, a nossa homenagem."
"Rui Mário Gonçalves, crítico de arte:
“Júlio Resende mostrou sempre a vontade de ser um artista o mais completo possível. Ele tinha um gosto especial em levar os alunos para o exterior e colocá-los em contacto directo com as populações rurais. Foi o pintor da sua geração que conjugou os neo-realistas e os abstractos.”
"Escultor José Rodrigues:
“Estou muito comovido, é como se fosse meu irmão. Perdeu-se um grande homem, um grande artista.”
"Francisco José Viegas, secretário de Estado da Cultura:
"Júlio Resende era uma personalidade de inquestionável valor artístico, ético e humano. Representou Portugal no mundo inteiro partilhando com os outros o valor das suas obras em todas as principais Bienais de Artes Plásticas. Mas nunca perdeu a simplicidade e a ligação que o unia ao Porto que tanto amava.”
"Câmara Municipal de Gondomar:
"É uma grande perda para as artes e para o país. Foi com profundo pesar e tristeza que acabamos de receber a notícia da morte de um dos grandes nomes das artes. Era um grande humanista e uma referência ética e social. Era um homem simples, cordial e com uma grande vontade de colaborar.”
"Graça Morais, pintora e aluna de Júlio Resende
"Era um grande mestre e artista. Deixa o país mais pobre porque não teremos novas obras. Apesar de ser uma morte esperada, porque ele estava doente há algum tempo, é sempre com muita mágoa que se recebe a notícia de um grande mestre e amigo. Eu tinha uma grande admiração e carinho por ele porque como professor foi sempre de uma grande delicadeza com os alunos.”Germano Silva, historiador
"Ele era uma pessoa muito extrovertida, uma pessoa que vivia sobretudo para arte, que tinha uma obsessão pela arte, pela perfeição, o que o levou à criação do Lugar do Desenho. Ele tinha imensos desenhos e, para que não se perdesse essa obsessão, criou esse espaço. Viajei com ele em Goa, porque ele fez lá uma exposição e admirei sobretudo a maneira aberta como contactou com as pessoas de lá. A sensibilidade que ele demonstrou pelas cores e pelos odores, que depois transportou para as telas no ciclo de Goa, no que deve ter sido um dos momentos mais fascinantes da obra do Júlio Resende. As legendas que ele fazia para os seus quadros, para as suas obras, os catálogos, eram de um português exemplar. Era um homem que sabia utilizar as palavras da mesma forma que usava as tintas e a paleta."
"Público" - Notícia actualizada no dia 22/09 às 10h40.

Podem ainda consultar algumas páginas dedicadas ao pintor, com ESTA de "Lugar do Desenho-Fundação Júlio Resende, esta entrevista  do jornal Público ao pintor, realizada em 2008, ou esta homenagem audio-visual que o mesmo jornal lhe dedicou por ocasião do seu 90º aniversário, ou ainda, a fotobiografia que o Expresso lhe dedica na sua edição on-line.

Em sua homenagem, aqui deixamos alguns dos exemplos da sua obra:














sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Recordando Richard Hamilton, o "pai" pop art.


Se pedirem à maior parte das pessoas, minimamente esclarecidas, para citar um nome ligado ao movimento “pop art”, a maioria irá referir Andy Warhol ou, eventualmente, Roy Lichtenstein, mas ninguém, ou quase ninguém, se lembrará de citar Richard Hamilton.
 
Contudo, se a “pop art” tem um pai fundador, ele chama-se Richard Hamlilton e faleceu na passada terça-feira, 13 de Setembro, aos 89 anos, quando preparava a sua próxima exposição.
Em 1950 realizou a obra “Just What It Maker Todays’s Homes so different, so appealing?”, uma colagem de duas figuras, uma masculina, outra feminina, representando o estereótipo da beleza ideal, tendo por cenário a referência a vários produtos de consumo.
O facto do homem desse quadro segurar um chupa-chupa vermelho onde se pode ler a palavra “pop” esteve na origem da designação de pop-art para o novo movimento artístico que nascia a partir daquela obra, assim baptizado pelo próprio Hamilton, que escreveu em 1957: “ A “pop art” é popular, transitória, dispensável, low cost, produzida em massa, jovem, sexy, glamorosa e um grande negócio”.
Ao longo da sua vida Hamilton explorou vários materiais e vários caminhos na sua obra, desde as colagens, a fotografia, a escultura, as novas tecnologias, tendo sido o responsável pela concepção gráfica do célebre “Álbum Branco” do Beatles.
Irónico e provocador, deu brado em 2007 quando, manifestando a sua oposição à Guerra do Iraque, imprimiu um retrato de Tony Blair vestido como um cowboy.

domingo, 11 de setembro de 2011

O 11 de Setembro e a Arte.


É possível fazer arte com o 11 de Setembro e o seu significado?
Uma escola de Arte em Nantes, à qual se associaram outras escolas francesas, propôs aos seus alunos que respondessem a essa questão através da criação de vários cartazes que evocassem essa data.
O rsultado foi publicado pelo "Libération" e é o que se pode ver: