sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Recordando Richard Hamilton, o "pai" pop art.


Se pedirem à maior parte das pessoas, minimamente esclarecidas, para citar um nome ligado ao movimento “pop art”, a maioria irá referir Andy Warhol ou, eventualmente, Roy Lichtenstein, mas ninguém, ou quase ninguém, se lembrará de citar Richard Hamilton.
 
Contudo, se a “pop art” tem um pai fundador, ele chama-se Richard Hamlilton e faleceu na passada terça-feira, 13 de Setembro, aos 89 anos, quando preparava a sua próxima exposição.
Em 1950 realizou a obra “Just What It Maker Todays’s Homes so different, so appealing?”, uma colagem de duas figuras, uma masculina, outra feminina, representando o estereótipo da beleza ideal, tendo por cenário a referência a vários produtos de consumo.
O facto do homem desse quadro segurar um chupa-chupa vermelho onde se pode ler a palavra “pop” esteve na origem da designação de pop-art para o novo movimento artístico que nascia a partir daquela obra, assim baptizado pelo próprio Hamilton, que escreveu em 1957: “ A “pop art” é popular, transitória, dispensável, low cost, produzida em massa, jovem, sexy, glamorosa e um grande negócio”.
Ao longo da sua vida Hamilton explorou vários materiais e vários caminhos na sua obra, desde as colagens, a fotografia, a escultura, as novas tecnologias, tendo sido o responsável pela concepção gráfica do célebre “Álbum Branco” do Beatles.
Irónico e provocador, deu brado em 2007 quando, manifestando a sua oposição à Guerra do Iraque, imprimiu um retrato de Tony Blair vestido como um cowboy.

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