quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Exposição de cinotopias de Mário Rui Hipólito



Até ao próximo dia 9 de Novembro podem visitar, na Galeria Municipal de  Lourinhã, a exposição de fotografia “Alquimia em tons de azul”, da autoria de Mário Rui Hipólito.

O Mário Rui é natural de Torres Vedras e dedica-se à fotografia e as artes com hobbie desde a juventude e sempre gostou de arriscar novos materiais e novas técnicas.

Tem-se destacado principalmente na fotografia, já tendo realizado várias exposições e tendo sido um dos escolhidos para ver uma fotografia sua editada pela prestigiada revista Photo, numa das suas edições dedicadas ao concurso mundial aberto a fotógrafos amadores.

Muito do seu trabalho pode ser visto na sua página do facebook AQUI.

Nesta exposição, o Mário Rui continua a explorar uma faceta muito experimental da fotografia, inventado ainda antes da própria invenção da fotografia tal como a conhecemos hoje.

A cinotopia é um processo químico que permite fazer fotografia sem câmara fotográfica, produzindo imagens em tom de azul, em ciano.

Ao contrário dos sais de prata que permitem imprimir as fotografias tradicionais, neste caso são usados sais de ferro.

O processo foi descoberto em 1842 pelo astrónomo John Herschel e adaptado à fotografia por Anna Atkins (1799-1871) , botânica e fotógrafa inglesa, considerada a primeira mulher a fazer fotografia.

O processo inventado por Atkins, com base nas experiências de Herschel, consiste em colocar objectos, ou, como o faz hoje o Mário Rui,  negativos fotográficos directamente sobre papel sensibilizado, para obter essas fotografias sem câmara.

Numa época de selfies e fotografias automáticas no telemóvel, a exposição do Mário Rui Hipólito desperta-nos para o lado original, experimental e artesanal que está na base de uma das artes mais populares.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Faltam poucos dias para poder ver a exposição “Banksy, Génio ou Vândalo?”.



Encerra no próximo dia 27 de Outubro a exposição “Banksy, Génio ou Vândalo” a decorrer na Cordoaria Nacional, ala este.

Banksy é o pseudónimo do artista britânico até agora anónimo que se especializou no uso do grafitti para exprimir a sua  social e o seu talento artístico.

Existem muitas especulações sobre a verdadeira identidade de Banksy, desde um musico da banda Massive Attack, a outras origens, ou mesmo obra de um colectivo de artistas.

O facto é que, sob o anonimato, Banksy tornou-se um mito do nosso tempo, enraizado na cultura urbana.

Irónico, provocante, inovador, contraditório, Banksy retracta a sociedade contemporânea recorrendo ao grafitti, “arte” urbana nascida nos bairro pobres da Nova Iorque dos anos 70, em Harlem, no Bronx e East Village.

Banksy usa a técnica do stencil que permite várias reproduções dos mesmos temas e personagens, o são recorrentes as figuras da ratazana, do macaco, do polícia ou da família real britânica.

Conhecido principalmente pela sua intervenção de rua, Banksy trabalha também com outros materiais, como a tela, o papel, a madeira, o metal e a serigrafias. Algumas destas obras são exibidas nesta exposição.

A exposição que podemos ver em Lisboa faz uma retrospectiva da obra de Banksy, apoiado no suporte audiovisual, na exibição de fotografias sobre as suas obras mais icónicas, na réplica de algumas dessas obras, bem como de obras originais oriundas de várias colecções, com destaque para várias serigrafias que reproduzem alguns dos seus temas recorrentes, como o célebre “menino com balão”.

São recordadas ainda vários dos seus projectos mais marcantes, como a campanha “Stop Esso”, lançada em colaboração com a Greenpeace em 2000, denunciando a companhia petrolífera que financiava uma campanha para negar a existência do aquecimento global, com o apoio de pseudocientistas para minar as decisões do protocolo de Quioto.

Um dos espaços da exposição reproduz a memória do que foi a “Dismaland”, uma forma irónica de reproduzir um parque de diversões à moda da Disney, instalado e que funcionou entre Agosto e Setembro de 2015 numa cidade do litoral de Bristol, “um parque de diversões familiar não adequado para crianças” e que juntou o trabalho de 58 artistas convidados por Banksy.

É também recordada a sua intervenção na Palestina, muito contestada pelas autoridades israelitas.

Toda a sua obra percorre de forma irónica os ícones da cultura ocidental, da publicidade e do consumismo.

Aqui ficam alguns momentos dessa exposição: