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quinta-feira, 28 de abril de 2016

O "Sequeira" já é "nosso"!

Foi ontem anunciado que a inédita campanha pública para aquisição da obra "Adoração dos Magos", de Domingos António de Sequeira, conseguiu reunir o dinheiro necessário para a sua aquisição (ver AQUI).

AQUI nos havíamos referido a essa iniciativa, pelo que nos congratulamos com o desfecho dessa iniciativa inédita em Portugal, reveladora que a sociedade civil está desperta para os valores culturais.

Lamentamos, contudo, não ter visto a maior parte das grandes empresas portuguesas e dos bancos participarem, com apoios significativos, para essa iniciativa. 

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Campanha Pública para a aquisição da obra "Adoração dos Magos" de Domingos António de Sequeira


Está a decorrer uma campanha, lançada pelo Museu Nacional de Arte Antiga  para a aquisição pública da obra de Domingos Sequeira "Adoração dos Magos".

A obra está à venda por 600 mil euros e o que propõe é que cada português possa contribuir com 6 cêntimos para a sua aquisição (ver condições AQUI).

Domingos António de Sequeira nasceu em Belém, Lisboa, no dia 10 de março de 1768 e faleceu em Roma em 1837.

De seu nome completo Domingos António do Espírito Santo, tomou o apelido Sequeira do seu padrinho de baptismo Domingos de Sequeira Chaves, um tendeiro de Lisboa.

Frequenta as aulas públicas de desenho em Lisboa até 1784, ingressando, aos 18 anos, na oficina de pintura de Francisco de Setúbal.

Em 1788 parte para Roma, percorrendo pinacotecas, pintando retratos e copiando obras-primas.

Aí priva com o seu principal rival da época, Vieira Portuense.

Regressa a Lisboa em 1795, vivendo em Belém.

Em 1802, juntamente com Vieira Portuense, é nomeado pintor da corte e ambos ficam encarregados de dirigir os trabalhos de pintura do Palácio da Ajuda. É de então a autoria do retrato do então princípe regente D. João.

Trabalha também para o Convento de Mafra.

Em 1808, sob ocupação francesa, pinta a tela "Junot protegendo a cidade de Lisboa", o que lhe vai custar muitos dissabores, a prisão e a acusação de colaboracionismo.

Reabilitado entretanto, faz a transição do neo-classicismo, corrente onde se inscreve a sua obra anterior, para o romantismo com a pintura, em 1813, do "Retrato do Conde Farrobo".

Adere ao liberalismo em 1820 e recupera todo o seu prestígio, ma volta a cair em desgraça com a afirmação do miguelismo, a partir da Vila Francada de 1823, exilando-se em 1831 em Paris, onde vive até aos 60 anos, radicando-se definitivamente em Roma. Adoecendo em 1833 vai deixar de pintar, falecendo quatro anos depois, sendo sepultado na capital italiana na Igreja de Santo António de Portugal.

Uma sua biografia mais completa pode ser consultada no site da Universidade do Porto, AQUI.


Quanto à obra agora destacada, "A Adoração do Magos", de 1828, pintada em Roma, podem ler a seguinta referência:

'Adoração dos Magos', de Domingos Sequeira: ver além da visão | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Aqui ficam as reproduções de algumas das obras mais emblemáticas do pintor:

(O Milagre de Ourique, 1793, Musée Louis Philippe)
(Príncipe Regente, João, 1802, Palácio da Ajuda)
(Junot protegendo a cidade de Lisboa, 1808, Museu Nacional Soares dos Reis)
(O Conde de Farrobo, 1813, MNAA)
(Famíla do Visconde de Santarém, 1816, MNAA)

Outras obras suas podem também ser vistas AQUI.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

UMA VISITA AO MUSEU REAL DE BELAS ARTES DE BRUXELAS






Instalado num edifício neo-clássico, divide-se em duas partes distintas, o Museu de Arte Antiga, com obras que vão do século XV ao século XVIII, incluindo a melhor colecção de arte flamenga do mundo, e o Museu de Arte Moderna (do século XIX à actualidade), com ligação ao Museu Magritte.
Infelizmente, por altura da visita, a secção de Arte Moderna estava encerrada para obra. Numa visita à parte ainda pudemos visitar o Museu Magritte, dedicado a um dos fundadores do surrealismo. Dias depois também este museu encerraria por causa de infiltrações, indo para obras.
Da parte do museu que visitámos o destaque vai para a obra de mestres como Van Dyck, Rubens e Pieter Brughel (o “velho” e o “novo”).
Duas outra obras são de destacar, a “Anunciação” do mestre de Flémalle, e o célebre quadro neo-clássico de David “Morte de Marat”.

Sigam connosco uma vista a algumas dessas obras:

A "Anunciação" (1415-25) do Mestre de Flémelle. A composição deste quadr, o, tipico representante da escola flamenga, apresenta muitos dos elementos que marcarão o estilo renascentista, como o tratamento do vestuário, a noçãode prespectiva, as figuras num cenário doméstico, onde se enontra o mobiliário e os objectos de uso quotidiano:

"A justiça do Imperador Oto: a prova de fogo" (1473- 1475) de Dirk Bouts, um dos pintores menos conhecidos da escola flamenga.

"O Profeta Jeremias", da autoria do  mestre da Anunciação de Aix (c. 1450). Neta curiosa obra o profeta Jeremias surge retratado como um humanista.

"A Tentação de Santo Antão" (c. 1500), de Jerónimo Bosch


DESCUBRA AS DIFERENÇAS:


A Obra de cima é da autoria de Pieter Bruegel, o Velho, intituland-se, "O censo em Belém" (1566), onde se represnta a chegada de José e de Nossa Senhora grávida a Belém, sendo Belém representada como se fosse uma aldeia flamenga.
O segundo quadro é da autoria de Pieter Bruegel, o Jovem, que efectou várias cópias daquele quadro do seu pai.

O célebre estudo de Paul Rubens sobre as cabeças de negros.

A Obra de Paul Rubens (1577-1640), o mais importante pintor do Barroco Europeu, ocupa um dos principais espaços deste museu. Em baixo, à esquerda, pode ver-se um dos seus quadros mais famosos, "A Assunção da Virgem" (c. 1610):



O vendedor de arte

Este foi um dos quadro que mais me motivou a visitar este museu: "Marat Assassinado" (1793) de Jacques-Louis David, uma das obras mais significativas da pintura neo-clássica. Na mesma sala podem ser vistas outras importantes obras dessa corrente do fiinal do século XVIII, como o célebre "Virgílio lê a Eneida a Lívia, Octávio e Augusto" (1814) de Jean-Auguste Dominique Ingres. Ingres e David foram os dois pintores mais importantes desse movimento.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Jean-Léon Gérôme - A História como Espectáculo


O Museu d’Orsay, em Paris, abriu recentemente ao público, no passado dia 19 de Outubro, a maior exposição retrospectiva da obra do pintor e escultor Jean-Léon Gérôme, intitulada “L´Histoire en Spectacle”, e que vai poder ser visitada até 23 de Janeiro do próximo ano.

Jean-Léon Gérôme (1824-1904) é considerado um dos grandes criadores da imagem do século XIX.

Foi famoso no seu tempo e as suas obras eram reproduzidas graficamente pelas publicações da época, mas cairia no esquecimento na voragem vanguardista da primeira metade do século XX.

Para o seu esquecimento muito contribui a base académica da sua obra, muito criticada pelos movimentos realista e impressionista do seu tempo.

Contudo, olhando prospectivamente para a sua obra, nela se cruzam, não só o seu academismo e classicismo de base, na composição e nos temas, mas também os contributos da temática historicista do romantismo, da limpidez do realismo e do tratamento da luz dos impressionistas.

Ao não alinhar com nenhuma das correntes da moda, seguindo o seu próprio caminho independente, sem concessões e fazendo com eficiência aquilo que gostava, acabaria por pagar com o esquecimento essa “afronta”.

A reconstrução pictórica de cenas históricas, desde a antiguidade até à época em que viveu, foi um dos principais temas por si explorados.

Gérôme iniciou a sua carreira na década de 40 do século XIX, admirador do neo-classicismo de Ingres, tendo aderido em 1847 ao grupo, de curta duração, intitulado de “neo-gregos”, que reunia jovens artistas apaixonados por desenvolverem uma nova visão da Grécia Antiga. O grupo afirmou-se no Salão desse ano.

Do contacto com esse grupo ficou-lhe a admiração pela antiguidade clássica que esteve na origem das suas obras mais famosas, “A Morte de César”, de 1859, e “Os Gladiadores” de 1878.

Data dessa altura a sua ligação com o mais famoso “marchand” de arte do seu tempo, Adolphe Goupil, acabando por casar com a filha deste, Marie.

Da sua relação com Goupil, editor de revistas, resultou a sua ligação à revolução tipográfica desse tempo, que lhe permitiu reproduzir graficamente as suas obras e massificar assim a sua divulgação.

Mas a sua aprendizagem em reproduzir gravuras a partir de fotografias de originais ficou também a dever-se ao seu mestre, Delaroche, um dos mais reputados gráficos da sua época.

Através desses contactos e ensinamentos Gérôme conseguiu divulgar a sua obra, que se tornou mundialmente conhecida através das gravuras assim editadas.

A partir de 1855 realizou várias viagens pelo mediterrâneo oriental, tendo usado a fotografia como recurso, para, à boa maneira clássica, registar cenas e paisagens que depois reproduzia no seu atelier.

O exotismo oriental foi, aliás, outro dos temas por si explorado.

A partir de 1890 abandonou a pintura e dedicou-se exclusivamente à escultura, onde explorou uma das temáticas mais características da sua obra, o erotismo.

A exposição agora apresentada do Museu d’ Orsay é a primeira monográfica dedicada àquele autor, reunindo quase todos os seus desenhos, pinturas e esculturas.

(auto-retrato)

(A MORTE DE CÉSAR - 1859)

(Estudo para "A Morte de César" . detalhe)

(Interior Grego ou Gineceu - 1850)

("Pollice Verso" - 1872)

(A consumação da crucificação - 1867)

(Bonaparte perante a Esfinge - entre 1863 e 1886?)

(Markos Botsaria, herói romantico da Independencia Grega - 1874).

(A execução do General Ney - 1868).

(Diógenes)

(recepção ao príncipe conde em Versailhes por Luis XIV)

(No Final da Sessão)

(pintor de esculturas na Antiguidade)

(Duelo à saida do baile de Máscaras - 1857)

OUTRAS OBRAS DE GÉRÔME:

Harem

Mercado de cavalos do Cairo

Vestígios do Antigo Egipto.



Cristão na arena romana

Saindo da mesquita

Leão no penhasco

Napoleão no Egipto

Noite no Deserto

Nu feminino

Rezando na Mesquita

Mercado de Peles no Cairo

Tocador de pífaro nas ruas de Londres

Entrada do Touro na Praça

Retrato de uma rapariga.

Retrato de cavalo

Venda de escravos

Muro das lamentações em Jerusalem

Primavera

Estudo para um cão

Final de um dia de Verão.

Coroação de Augusto

O Poeta Negro

O Picador

Duas Majestades

A Virgem com Jesus e S. João

A mesquita do Cairo.

Vista do Cairo.

Sem Título

Inverno

Vista de Paestum

Jovem árabe

OBRAS DE ESCULTURA:

O Artista e o modelo . Neste quadro é possível observar um Gérôme envelhecido no seu atelier de escultura.

Nu desenvencilhando-se

TANAGRA

Sarah Bernhardt

O Gladiador