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quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Robert Frank, o fotógrafo dos deserdados



Ontem, ao tomar conhecimento da morte do fotógrafo Robert Frank fui rever o seu trabalho no livro “The Americans”, uma reedição de 2008 da sua obra mais conhecida.

Lá encontrei o essencial da humanidade da sua obra, onde descobre uma outra América, feita de pobreza, ilusão, solidão e desigualdade.

Nascido na Suiça em 1924, emigrou para os Estados Unidos em 1949, tendo-se iniciado na fotografia de moda e publicitária, mas cedo enveredou por um tipo de fotografia mais realista, tendo viajado pela Bolívia, Peru, França, Inglaterra e Espanha entre 1949 e 1951, fotografando pessoas e sítios, onde ensaiou o estilo humanista que o caracterizou.

O seu trabalho de consagração “The Americans” nasceu de uma viagem por 48 estados da América do Norte, subsidiada por uma bolsa da nova-iorquina Fundação Guggenheim, realizada em 1955 e 1956.

O choque que provocou ao revelar uma América de deserdados e esquecida, levou a que edição desse trabalho tivesse sido proibida nos Estados Unidos, pelo que a primeira edição do livro teve de ser em Paris em 1958, só se editando um ano depois naquele país, desta vez com um prefácio de outro viajante pela América profunda, Jack Kerouac.

Frank ligar-se-ia à geração Beat noutros projectos, nomeadamente na sua curta incursão pelo mundo do cinema documental, iniciada em 1959 com a realização do filme “Pull My Daisy”, escrito e narrado por Kerouac e que teve como protagonista o poeta da Beat Generation Alan Ginsberg.

Robert Frank criou amizade com o fotógrafo português Paulo Nazolino e esteve em Portugal em 1988, nos encontros de fotografia de Coimbra, para inaugurar uma exposição que lhe foi dedicada.

Recentemente, aliás, o único programa de fotografia a passar na televisão, Fotobox, na RTP3, recordava essa visita de Frank a Portugal, que tinha sido antecedida de uma surpresa dos organizadores, reveladora da humildade do fotógrafo, que enviou pelo correio normal, dentro de uma velha caixa enrolada em adesivos, 37 fotografias originais, as que vieram a constar nessa exposição.

Mas a melhor maneira de homenagear o fotografo ontem falecido aos 94 anos, na sua residência em Inverness no Canadá, é apreciar a sua obra.

Aqui recordamos algumas dessas fotografias:

















segunda-feira, 29 de julho de 2019

Recordar o Festival de Woodstock nalguns fotografias icónica

Passa em Agosto o cinquentenário da realização do festival de Woodstock. 
Aqui recordamos algumas das fotografias, entre as icónicas e as desconhecidas, que documentam esse histórico evento:






















segunda-feira, 3 de junho de 2019

Stuart Franklin, o fotógrafo de Tiananmen.



Stuart Franklin foi o autor da icónica fotografia do “homem do Tanque” tirada em Tiananmen em 5 de Junho de 1989, no dia a seguir ao massacre que pôs cobro à manifestações pela liberdade que decorreu naquela praça nos dias anteriores.

Essa fotografia e a reportagem que fez sobre esses acontecimentos estiveram na origem da sua entrada como membro da Magnum, agência com a qual já colaborava, chegando mesmo a presidir à direcção desse colectivo de fotógrafos entre 2006 e 2009.

Stuart Franklin, nasceu em Londres em 16 de Junho de 1956, cidade onde cursou fotografia e se licenciou em geografia, duas disciplinas que ele soube combinar na sua actividade como fotógrafo.

Antes da Magnum e de se tornar famoso com a cobertura daqueles acontecimentos na China, Franklin já havia colaborado no The Sunday Times Magazine e no Sunday Telegraph Magazine, tendo trabalhado na agência Sygma em Paris entre 1980 e 1985.

Foi galardoado com vários prémios de fotografia e publicou vários livros, o primeiro dos quais, editado em 1990, exactamente intitulado “Tiananmen Square”.






Nos últimos anos tem colaborado activamente em acções fotográfica do Greenpeace e da National Geographic.

Mas é o seu trabalho sobre Tiananmen que aqui hoje recordamos, quando passa o 30º aniversário sobre esse ainda mal-esclarecido massacre.