Faleceu ontem o arquitecto Nuno Teotónio Pereira, uma das principais referências da arquitectura portuguesa contemporânea (ler AQUI a excelente reportagem que o jornal Público lhe dedica).
Formou-se em arquitectura na Escola Superior de Belas Artes em 1949, com uma média de 18 valores, tendo participado, um ano antes,no 1º Congresso Nacional de Arquitectura, revelando-se desde logo um dos mais promissores arquitectos portugueses.
Em 1952 fundou o Movimento Para a Renovação da Arte Religiosa e ao longo da sua longa carreira venceu vários prémios de arquitectura, com destaque para os Prémioa Valmor em 1967, 1971 e 1975, respectivamente pelos seus trabalhos mais emblemáticos, a Torre de Habitação nos Olvais Norte, o edifício da Rua Braamcampa em Lisboa, conhecido como "edifício franjinhas", pela Igreja do sagrado Coração de Jesus.
A lista completa da sua obra pode ser consultada AQUI.
Em paralelo com a sua vida profissional e como arquitecto desenvolveu uma activa vida política no combate à ditadura do Estado Novo, ligado ao chamado movimento dos "católicos progressistas", tendo participado na conhecida reunião da Capela do Rato, situação que o levou a ser preso, sendo um dos prisioneiros políticos libertados no dia 25 de Abril. Esta sua faceta está bem descrita numa entrevista que deu a Fernando Rosas à Antena 2, em 1998, e cujo conteúdo pode ser consultado AQUI.
Algumas das Obras mais emblemáticas de Teotónio Pereira:
Habitação Social em Olivais Norte (1968)
"Edifício Franjinhas" (Rua Braamcamp - Lisboa) (1970):
Igreja do Sagrado Coração de Jesus (1974):
Bairro do Restelo - Quarteirão Rosa (1987):
Plano estratégico de Recuperação e Revitalização do Palácio Nacional de Mafra (1994-1997):
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