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quinta-feira, 10 de março de 2011

As "juventudes cruzadas" de Picasso, Miró e Dalí ·


Desde Sábado passado que está patente ao público, no Palácio Strozzi em Florença, uma interessante exposição que mostra os trabalhos da juventude de três grandes nomes da arte contemporânea espanhola e universal: Picasso, Miró e Dalí.
Viveram as suas juventudes em anos diferentes e os caminhos estéticos de cada um foram diversos.
Picasso está ligado à afirmação do cubismo, Miró ao abstraccionismo lírico e Dalí ao surrealismo.
Em comum têm a nacionalidade e a busca permanente, revelada nas suas obras, por um experiencialismo pictórico vanguardista.
Sobre esta exposição, que pode ser visitada até ao próximo dia 17 de Julho, podem ler a interessante reportagem que o El País lhe dedicou:

Las juventudes cruzadas de Picasso, Miró y Dalí · ELPAÍS.com (clicar na frase)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Centenário do Nascimento do Pintor Surrealista António Pedro.


"Rapto na Paisagem Povoada (1947)

Comemora-se hoje o centenário do nascimento de António Pedro Costa, um dos vultos maiores do movimento surrealista português.


Nasceu na cidade da Praia em Cabo Verde, no dia 9 de Dezembro de 1909, tendo vivido em Caminha, terra dos avós, acompanhando os pais na Galiza e, depois de frequentara as Faculdades de Direito e Letras de Lisboa, expôs pela primeira vez em Viana do Castelo em 1925 e fundou em 1932, com Thomaz de Mello (TOM) a primeira galeria de arte moderna de Lisboa, a UP.
No ano seguinte partiu para Paris para estudar História de Arte na Sorbonne, tendo privado com alguns dos mais importantes nomes do Movimento Surrealista, então em formação.
Com Duchamp, Kadinsky, Picabia, Delaunay, Arpe e Miró, entre outros, subscreveu o chamado Manifesto do Dimensionismo.
Regressando ainda nesse ano a Portugal, organizou a primeira exposição de Vieira da Silva em Lisboa.
Com António Dacosta e o escultora de origem britânica Pamela Boden, organizou aquela que é considerada a primeira exposição do surrealismo português, em 1940 na Casa Repe, no Chiado.

Ao longo da primeira metade da década de 40, em plena Guerra Mundial, participou em várias exposições no Rio de Janeiro em São Paulo e em Londres. Nesta última cidade colaborou na BBC, onde trabalhou com Fernando Pessa.


"Intervenção Romântica (1940)"

Regressado a Portugal fundou, em 1947, o Grupo Surrealista Português, juntamente com Vespeira, Alexandre O’Neill, Fernando de Azevedo, José-Augusto França, João Moniz Pereira e Mário Cesariny.
Data desse ano aquela que é a sua obra mais conhecida, exposta no Museu de Arte Moderna da Gulbenkian, “Rapto na Paisagem Povoada”, inspirada na obra de Rubens “Rapto das Filhas de Leucipo”.
Integrou em 1949 a Iª Exposição Surrealista de Lisboa e começou então a interessar-se pela actividade teatral, que se acentuou em 1954, trabalhando como encenador no Porto e em Coimbra.
Tendo entretanto estabelecido residência em Moledo do Minho, aí fundou uma oficina de cerâmica artística, dedicando-se igualmente à escultura em bronze,criando obras de influência surrealista.

Nessa localidade acabaria por falecer em 17 de Agosto de 1966.

(Fonte: texto de divulgação da Fundação Gulbenkian da autoria de Maria Almeida Lima)

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Um Dalí "Quase" Inédito



A Fundação Gala-Dalí deu ontem a conhecer a  sua última aquisição.
Trata-se de uma obra a óleo do artista surrealista, datada da primeira época do pintor que tem, como principal característica o facto de ser pintada dos dois lados do mesmo suporte.
O quadro foi adquirido a uma colecção particular e, desde 1925, apenas foi mostrado a público em 2004, por ocasião da exposição antológica da obra de Dali, então realizada.
Trata-se de pinturas feitas sobre o mesmo suporte, um cartão pintado dos dois lados com 74,5x53 centímetros.
De um dos lados uma cena lúdica de grande lirismo, intitulado “Figuras de espalda y Ninfas y Señoritas en la fuente de un jardín”, que se enquadra no tipo de obras de temática festiva que Dalí pintou até 1921; do outro um retrato de Ana María, a irmã do pintor, que terá servido de estudo para o seu quadro “Muchacha de espaldas” (Rapariga de Costas), exposto no Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofia, em Madrid.
Esta pintura terá sido feita durante um dos períodos de férias de Ana María , ocasião em que costumava posar para o irmão.
As semelhanças com a obra exposta naquele Museu madrileno, como o facto da figura usar a mesma roupa, o mesmo tipo de cabelo e a mesma posição, levam os especialistas a considerar esta segunda pintura como uma esboço daquela.
A Fundación Dalí tem levado a cabo, desde 1991, um intenso trabalho de aquisição de obras do pintor, possuindo já um total de mais de trezentas obras.
O duplo quadro pode ser visto a partir de Novembro na “Sala de las Pescaderías” do Museu Dalí de Figueras, terra catalã onde o pintor nasceu em 1904.

(adaptação livre do texto on-line publicado pelo EL País, dia 26 de Outubro de 2009. Fotografias da agência EFE)