quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Quinta do Mocho (Loures) : A Maior Galeria de Arte Urbana na Europa

A Quinta do Mocho, em Sacavém, no concelho de Loures, tornou-se na maior galeria de arte urbana  a céu aberto da Europa.

A maior parte das fachadas dos prédios desse bairro social  exibem cerca de 50 pintura de fachada, obra de artistas nacionais e estrangeiros de renome  nesse tipo de arte e abordam vários temas, quase sempre relacionados com questões sociais.

Quem quiser pode fazer uma visita guiada por moradores do bairro e organizada pela Câmara de Loures , que têm lugar no último Sábado de cada mês.

“Trata-se de mais uma iniciativa que se insere no âmbito do projeto O Bairro i o Mundo, desenvolvido pela autarquia e pela associação de Teatro IBISCO. É gratuita e não há limite de participantes”, refere a reportagem on-line da TSF:

“Os visitantes poderão percorrer as ruas da Quinta do Mocho e apreciar dezenas de pinturas de grandes dimensões, que ocupam as fachadas dos edifícios. O objetivo desse trabalho pretendeu mudar a imagem do bairro e derrubar preconceitos. Apostou-se na qualificação artística dos edifícios, na reabilitação do espaço público e equipamentos coletivos e na mobilização dos moradores, para que nestes aumentasse o sentimento de pertença comunitário”.

“Na Quinta do Mocho, vivem mais de 3500 pessoas, na sua maioria imigrantes de origem africana e de etnia cigana”.

Em baixo podem ver alguns desse trabalhos através de fotografias colocadas pela Câmara de Loures na internet.

Podem ver mais AQUI e uma excelente reportagem do Público AQUI.






















terça-feira, 1 de dezembro de 2015

A ARTE NA CIMEIRA DO CLIMA

"Brandalism" é um projecto de vários artistas britânicos que usam os outdoors urbanos para se exprimir e que têm sido muito activos em cidades britânicas, e agora também em Paris, na denuncia da hipócrisia que está por detrás da classe política e dos grandes interesses económicos e finaceiros presentes na Cimeira do Clima que está a decorrer na capital francesa.

Aqui deixamos alguns desses trabalhos, a partir de fotografias disponíveis:





















segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Recordar Ansel Adams (1902-1984), um dos primeiros ambientalistas:


Pianista de formação, Ansel Adams (site oficial AQUI)  decidiu dedicar-se à fotografia quando visitou e fotografou pela primeira vez o Parque Nacional Yosemite, situado na Serra Nevada, Califórnia, aí voltando quase todos os anos da sua vida, e aí tirando algumas das suas fotografias mais famosas, como o "Monolith, a face of half done" de 1929.



Neste mesmo ano aderiu ao movimento Sraight Photography, que defendia uma fotografia pura e directa, onde a temática dos grandes espaços naturais era uma das temática preferidas.

Foi co-fundador do grupo f/64 (1932-1935), criado em S. Francisco, movimento herdeiro da corrente paisagística nascida no Oeste e que defendia a obtenção de imagens nítidas, de grande qualidade e desprovidas de qualquer manipulação, o que se conseguia com a redução máxima do diafragma (o tal f/64).

As suas fotografias de King Canyon, situado também junto da Serra Nevada, tiradas em 1936, foram usadas pera aprovação daquele lugar como Parque Nacional em 1940.

As paisagens californianas e do Novo México foram os grandes temas explorados por Adams.

Em 1940 foi co-fundador do departamento de fotografia do MoMA e no ano seguinte foi contratado pelo Departamento do Interior dos Estado Unidos para fotografar todos os Parques Nacionais, projecto que, infelizmente, por causa da Guerra, acabou por ser abandonado.

Ao longo da sua vida participou em vários movimentos e exposições, editou livros de fotografia e foi autor de alguns dos melhores livros de técnica fotográfica ainda hoje muito úteis para amadores e profissionais da fotografia.

O tema que mais explorou, embora não fosse o único, foi a paisagem natural dos Estados Unidos, muito contribuído para a defesa e preservação do património natural desse país.

O jornal Chicago Tribune referiu-se a Ansel Adams, numa artigo de homenagem publicado em 1992, como alguém que fez pelos Parques Nacionais qualquer coisa só comparável ao que tinha feito Homero na sua Odisseia para preservar a tradição histórica e oral da antiguidade clássica.

Neste dia em que se inicia em Paris a decisiva cimeira do clima, não podiam os deixar de recordar aqui um dos primeiros ambientalistas dos Estado Unidos, que, através das suas fotografias, muito contribuiu para divulgar e defender o respeito pela Natureza.