terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Censura na ARCO de Madrid

Na última semana da realização do famoso certame de artes plásticas da capital espanhol estalou a polémica quando a Galeria de Helga de Alvear cedeu à pressão da direcção daquele certame para retira um painel fotográfico que criticava as prisões politicas que se têm registado nos último tempos em Espanha.

Trata-se de uma série de 24 fotografias de Santiago Sierra, intitulada "Presos Políticos na Espanha Contemporânea" que expõe os rostos pixelizados de Oriel Junquera e Jardo Sánchez, e de outros presos politicos espanhois, não só os conhecidos da crise catalã, mas muitos outros sindicalistas, anarquistas, membros do movimento de protesto 15 de Março que têm conhecido a prisão, por razões políticas, desde que Rajoy aplicou a "Lei da Segurança Cidadã" para travar os protestos em massa contra as medidas de austeridade aplicadas pelo seu governo nos últimos anos.

A obra, comprada pelo galerista catalão Taxto Benet, ainda antes de ter estalado a polémica, tinha a sua exibição programada para o Museu de LLeida a partir de 7 de Março e até 22 de Abril, mas a dimensão que essa obra ganhou com aquele condenável acto de censura acabou por antecipara a sua exibição, desde esta segunda-feira em Madrid e em seguida em Valência, antes daquela programada exibição em LLeida.

É caso par dizer que o feitiço se virou contra o feiticeiro e aquele acto ignóbil acabou por chamara a tenção da imprensa internacional para a crescente falta de liberdade de expressão, e o aumento da censura cultural em Espanha que atingem vários sectores da criação cultural, num país democrático e membro da União Europeia.

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