Já restam poucos dias para se ver a exposição de fotografias de Mário Cruz sobre a vida no rio Pasig, o rio mais poluído do mundo, na capital filipina de Manila.
A exposição pode ser visitada até ao próximo dia 26 de Maio, no Palácio Anjos, em Algés (situado em frente à estação de comboios de Algés, numa rua paralela à marginal).
Mário Cruz tem uma fotografia sua, que faz parte da exposição de Algés, numa outra exposição a decorrer em Lisboa, na Escola Politécnica, a da World Press Photo, que encerra já no próximo fim-de-semana, já que foi premiado com o 3º prémio da categoria de Ambiente neste certame devido àquela reportagem.
A exposição de Algés intitula-se "Living Among What´s Left Behind" (Viver entre o que foi deixado para trás), uma impressionante reportagem sobre os milhares de habitantes, esquecidos por todos, que vivem no meio da autêntica lixeira em que se transformou aquele rio de Manila.
O realismo do trabalho de Mário Cruz não deixa ninguém indiferente e é um murro no estômago e na consciência de quem a visita.
Esta foto-reportagem de Mário Cruz merecia ser mostrada em todo o mundo, especialmente na sedes das grandes instituições económicas e financeiras internacionais, como prova da degradação para onde a sociedade de consumo em que participamos nos está a conduzir, com principal impacto na qualidade de vida de milhões de cidadãos das áreas mais esquecidas e subdesenvolvidas do mundo.
As imagens de Mário Cruz dizem mais que muitos discursos sobre a dimensão da tragédia humana provocada pela desenfreada sociedade de consumo em que vivemos.
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