A obra está à venda por 600 mil euros e o que propõe é que cada português possa contribuir com 6 cêntimos para a sua aquisição (ver condições AQUI).
Domingos António de Sequeira nasceu em Belém, Lisboa, no dia 10 de março de 1768 e faleceu em Roma em 1837.
De seu nome completo Domingos António do Espírito Santo, tomou o apelido Sequeira do seu padrinho de baptismo Domingos de Sequeira Chaves, um tendeiro de Lisboa.
Frequenta as aulas públicas de desenho em Lisboa até 1784, ingressando, aos 18 anos, na oficina de pintura de Francisco de Setúbal.
Em 1788 parte para Roma, percorrendo pinacotecas, pintando retratos e copiando obras-primas.
Aí priva com o seu principal rival da época, Vieira Portuense.
Regressa a Lisboa em 1795, vivendo em Belém.
Em 1802, juntamente com Vieira Portuense, é nomeado pintor da corte e ambos ficam encarregados de dirigir os trabalhos de pintura do Palácio da Ajuda. É de então a autoria do retrato do então princípe regente D. João.
Trabalha também para o Convento de Mafra.
Em 1808, sob ocupação francesa, pinta a tela "Junot protegendo a cidade de Lisboa", o que lhe vai custar muitos dissabores, a prisão e a acusação de colaboracionismo.
Reabilitado entretanto, faz a transição do neo-classicismo, corrente onde se inscreve a sua obra anterior, para o romantismo com a pintura, em 1813, do "Retrato do Conde Farrobo".
Adere ao liberalismo em 1820 e recupera todo o seu prestígio, ma volta a cair em desgraça com a afirmação do miguelismo, a partir da Vila Francada de 1823, exilando-se em 1831 em Paris, onde vive até aos 60 anos, radicando-se definitivamente em Roma. Adoecendo em 1833 vai deixar de pintar, falecendo quatro anos depois, sendo sepultado na capital italiana na Igreja de Santo António de Portugal.
Uma sua biografia mais completa pode ser consultada no site da Universidade do Porto, AQUI.
Quanto à obra agora destacada, "A Adoração do Magos", de 1828, pintada em Roma, podem ler a seguinta referência:
'Adoração dos Magos', de Domingos Sequeira: ver além da visão | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura
Aqui ficam as reproduções de algumas das obras mais emblemáticas do pintor:
(O Milagre de Ourique, 1793, Musée Louis Philippe)
(Príncipe Regente, João, 1802, Palácio da Ajuda)
(Junot protegendo a cidade de Lisboa, 1808, Museu Nacional Soares dos Reis)
(O Conde de Farrobo, 1813, MNAA)
(Famíla do Visconde de Santarém, 1816, MNAA)
Outras obras suas podem também ser vistas AQUI.
Sem comentários:
Enviar um comentário