sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Há 130 anos nascia Paul Klee


Foi no dia 18 de Dezembro de 1879 que o pintor, de nacionalidade alemã, nasceu na localidade suíça de Münchenbuchseee.
Filho de músicos, foi pela música que se iniciou na arte, tendo optado pela pintura já na adolescência.
Entrou para a Academia de Belas Artes em Munique em 1898, onde nunca se notabilizou por aí além, mais interessado na vida boémia. Terminados os estudos viajou pela Itália onde tomou conhecimento directo com os grandes artistas do renascimento, interessando-se principalmente pelo modo como usavam a cor.
Regressando a Berna, para casa dos pais, foi em 1905 e 1906 que começou a produzir de modo mais continuado, apostando principalmente na caricatura e continuando ligado à musica, como professor de piano, actividade que se tornou o seu ganha pão.

Foi em 1910, em Berna, que expôs a sua obra pela primeira vez. Foi então que conheceu Kandinsky e Franz Marc, associando-se ao grupo expressionista Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul).
Visitando Paris em 1912 contactou com o movimento cubista através da obra de Robert Delaunay e Maurice De Vlaminck.
Mas foi depois de uma visita à Tunísia em 1914, impressionado com a luz desse país, que desenvolveu as suas tendências abstraccionistas, apostando nas capacidades expressivas da cor.

Os seus conhecimentos de musica foram fundamentais, desenvolvendo um sistema de utilização de cores baseada no esquema das pautas musicais.
Durante a guerra continuou a pintar, depois de ter combatido por pouco tempo no exército alemão.
Terminada a guerra, Klee começou a ser conhecido no mundo das artes e começou a leccionar na Bauhaus, fundada em 1919, onde reencontrou a amizade com Kandinsky.
Ambos participaram na primeira grande exposição da Bauhaus, realizada em 1922.
Em 1925 a sua exposição em Paris foi muito admirada pelos surrealistas.
A Bauhaus foi encerrada pelos nazis em 1933, e Klee viu-se perseguido, pelo que se refugiou na Suiça.

1933 é considerado o ano do auge artístico do pintor, tendo produzido, ainda na Alemanha, cerca de quinhentas obras. Mas é também nesse ano que lhe é diagnosticada uma esclerodermia, uma doença reumática crónica que o levará à morte em 1940.
Em 1933 e 1934 realizaram-se exposições suas em Paris e em Londres, tendo então conhecido Picasso, pintor que muito admirava.
Com a progressão da doença, o seu ritmo de trabalho conheceu algum abrandamento, mas, incentivado por Kandinsky e Picasso, voltou a ganhar o entusiasmo de sempre, produzindo, só em 1939, 1200 obras, caracterizadas por um design mais simplificado e onde dominavam as formas geométricas.
Antes de morrer pode ainda assistir à forma como os nazis trataram sua obra, incluída na exposição de “Arte Degenerada” de 1937 e apreendida por toda a Alemanha.
A sua obra seria marcada pela influência das tendências que se desenvolveram na viragem do século XIX para o século XX, nomeadamente pelo expressionismo, cubismo, surrealismo e abstraccionismo.
Contudo a sua originalidade é difícil de classificar com rigor.









































































































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