Por ocasião da inauguração do renovado Neues Museum, de Berlim, que teve lugar na passada 6ª feira, com a presença da chanceler alemã Angela Merkel, era aguardada com especial expectativa a exibição do célebre busto, com mais de 3500 anos, da rainha Nefertiti, a rainha do Nilo, esposa de Akenatón, cujo sarcófago está no mesmo museu.
Descoberta por arqueólogos alemães em 1912,no vale de Amarna, foi uma das peças mais valiosas do Neus Museum, destruído durante a Segunda Guerra, agora recuperado.
Quando se exilou na Holanda, o Kaiser levou consigo, em 1918, uma réplica daquele busto, tal a admiração que ele lhe causava.
Próximo do fim, Hitler ordenou que o busto de Nefertiti fosse escondido numa mina da Turíngia. O busto foi resgatado pelas tropas norte-americanas, e, durante décadas, foi exibido no Museu Egípcio do bairro de Charlottenburg, na zona ocidental. Com a reunificação essa peça foi exibida em vários espaços e museu.
Restaurado, o busto da rainha regressa ao primeiro museu onde foi exibida, num lugar nobre no Museu berlinense, na cúpula norte do edifício, que sobreviveu aos bombardeamentos aliados.
O Museu possui uma colecção de 35 mil objectos e 60 mil papiros do Antigo Egipto.
A reconstrução do edifício ficou a cargo do arquitecto inglês David Chipperfield , que decidiu manter, nalguns lugares do Museu, a memória dos bombardeamentos, como ruínas do edifício e vestígios de balas .
(Fonte: El País-online, 16 de Outubro de 2009, Fotografias: Reuters e EFE)
Sem comentários:
Enviar um comentário