(auto-retrato)
Depois de Londres e Paris é a vez do Museu do Prado, em Madrid, expor “Turner e os Mestres”, onde são colocadas em confronto as pinturas do pintor romântico William Turner com, por um lado, as obras dos pintores que o inspiraram, Nicolas Poussin (1594-1665), Claude Gelée , conhecido por Lorrain (1600-1682) e de Jacob van Ruysdael (1628-1682) e, por outro lado, com as obras dos pintores contemporâneos ingleses seus concorrentes e rivais.
Joseph Mallord William Turner (1775-1851) é considerado a glória da pintura inglesa, pintor charneira entre a tradição da pintura europeia e a grande revolução artística do século XIX que será realizada pelo Impressionismo.
Turner revela-se um precursor das propostas impressionistas, pelo modo como trabalha a luz e pela recriação de uma nova realidade visual que quase o aproxima, um século antes, dos vanguardismos do século XX.
O seu tempo caracterizou-se pelo facto da pintura inglesa se tentar afirmar num país onde, apesar de acolher alguns grandes artistas vindos do continente europeu, ainda não se tinha imposto um escola própria. Nos finais do século XVIII o movimento de abertura ao público de grandes museus na Alemanha, na Itália e, principalmente, em França, com a abertura do Louvre em 1793, não foi seguido na Grã-Bretanha.
Por esse motivo, só depois de 1802 é que Turner teve um primeiro contacto coma a tradição artística ocidental, tendo então visitado o Louvre.
Turner tinha origens familiares modestas. O seu pai era barbeiro e essas origens, na sociedade inglesa da época, fortemente hierarquizada, levaram-no a seguir um percurso marginal que, de algum modo, foi responsável pela originalidade e independência criativa que a sua obra revela.
A exposição vai estar patente ao público até 19 de Setembro.
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